IDENTIDADE PERDIDA
Por muitos anos a Carteira Profissional nos identificou como trabalhadores competentes e produtivos e se foi tão importante nesta fase da vida como substitui-la ao chegar da aposentadoria?
É impressionante acordar um dia e pensar que não seremos mais chamados de professor, de engenheiro, de eletricista ou por outro titulo e que iremos nos apresentar como “aposentados”.
Importa que a pessoa idosa supere o vazio deixado com o abandono do trabalho formal, continuando a ser produtiva, útil, disponível para outras funções rendosas e realizadoras, conforme as condições físicas pelas quais está passando.
Produzir, ser útil, se dar, se realizar, pensar positivo, construir um homem e uma mulher diferente, olhando para um futuro animador, depende somente da pessoa idosa, que goza de saúde, de paz e ama a vida. Nada impede que ela ocupe o tempo livre com trabalho informal e atividades prazerosas, geradoras de artes, de solidariedade, obras de talento e de vontade.
Desta forma o trabalho informal continua nos identificando porque não paramos de trabalhar, buscamos novas formas compensadoras e novos hábitos de vida.
Por que desanimar? Por que cair na depressão? A pessoa idosa deve se beneficiar das oportunidades, sem perder a dignidade da pessoa sabia, prudente, feliz, realizada e realizadora. Não faltam exemplos no nosso País de pessoas idosas ocupando cargos importantes, de responsabilidade e com um vigor admirável.
Alfredo Morlini ( Padre Vicente )